O cubismo, uma das primeiras correntes
artísticas das chamadas vanguardas históricas do séc.XX, manifesta-se
na
França entre os anos 1908 e 1910.
Os pintores e escultores deste movimento
afirmavam que na natureza é possível reduzir todas as
coisas a formas geométricas perfeitas, mediante as quais elas podem se
representadas.
Essa síntese da realidade é fruto de uma
busca dos elementos mais fundamentais e primários das
artes plásticas, de suas próprias raízes.
De fato, uma das características principais do cubismo
é a revalorização das formas geométricas, além, é claro, da proposição da pintura e da
escultura como formas de expressão.
Quanto ao nome dado a esse novo
movimento, ele não partiu dos próprios artistas, mas dos críticos de arte da época, totalmente
desconcertados diante desse novo caminho de expressão
artística. Ao visitar as primeiras
exposições e convencidos de que se tratava de uma arte experimental que nunca chegariam a
entender, começaram a se referir às obras com o nome de cubos ou de raridades
cúbicas. Essa nova corrente foi
representada por
dois
grandes pintores e escultores: Pablo Picasso e Georges Braque,
embora se possa dizer que foi o primeiro, com sua obra “As
senhoritas de Avignon”,
que iniciou o cubismo propriamente dito.
PINTURA CUBISTA
Nos primeiros anos do cubismo, a pintura
se caracterizou pela redução a rígidas formas geométricas de
tudo o que se fosse representável. Tudo
o mais foi deixado de lado , em favor da revalorização dessas
formas.
Foi assim que se pintaram casas sem portas e
sem janelas e pessoas com uma só mão ou
apenas um olho.
As cores utilizadas eram ascéticos ocres,
marrons e verdes, com a função principal
de remodelar
as formas. O volume foi cedendo
importância à plasticidade.
As figuras se tornaram planas e tensas. As cores se perderam em transparências, chegando quase à monocromia, e já não se consegue diferenciar o
corpo do espaço que o
contém.
Em sua segunda fase, o cubismo começa a
se interessa pelas diferentes texturas e materiais, produzindo colagens originais de cores
muito vivas. Volume e espaço são
apenas insinuados com pequenos e leves traços de sombra.
ESCULTURA CUBISTA
No terreno da escultura, o cubismo
destaca-se dos movimentos artísticos anteriores porque, diferentemente deles, suas obras são
pensadas e construídas
como
nas colagens, com todo tipo de materiais: madeira,
metais, papelão, cordas e outros, todos reunidos com o único fim de se obter uma
escultura praticamente experimental e não concebida para a posteridade em
mármores eternos e metais sólidos.
Como acontece na pintura, predominam as
formas geométricas planas, e o pouco volume
é conseguido com sua superposição. Um
valor adicional da escultura cubista
é a fascinação de seus representantes pela arte étnica, principalmente a Africana,
pela qual se deixam influenciar e da qual extraem aquilo que lhes agrada.
Por
isso, não é de admirar o fato de muitas de suas obras terem algo desse caráter rústico e sutil da arte africana, embora sempre
dentro dos princípios do cubismo: formas
geométricas planas e volumes reduzidos à sua expressão mínima.
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